A utilização das ligas de cobre e estanho no fabrico de armas, peças decorativas e utensílios de toda espécie data de tempos pré-históricos e determina o início da Idade do Bronze, que sucedeu ao período Neolítico. Assim, o termo bronze, originalmente, descrevia as ligas em que somente o estanho aparecia como único ou principal elemento da liga. Atualmente, porém, bronze é denominado qualquer liga metálica cujo principal componente é o cobre, ao qual se incorporam estanho, chumbo ou alumínio e excluindo as ligas formadas com níquel e zinco. Nos bronzes comerciais, os teores de estanho podem variar de 2% a 10%, podendo chegar a 11% nas ligas para fundição.
De acordo com a proporção que contenham de cada componente, os diferentes tipos de bronze apresentam propriedades diversas como dureza, plasticidade, resistência à corrosão e à tração mas, de um modo geral, o bronze é muito resistente aos agentes corrosivos e à medida que aumenta o teor de estanho, aumentam a dureza e as propriedades relacionadas com a resistência mecânica, sem queda de ductilidade.
O bronze é utilizado para a produção de estátuas, para reduzir medalhas, armas, maçanetas e outras ferramentas. Além disso, possui características acústicas e de geração de ondas sinosoisais bastante puras e que apresentam um timbre bem distinto, tornando-se assim, um metal excelente para a fabricação de instrumentos musicais de percussão, como é o caso dos sinos e sinetas, ou secções de instrumentos de sopro onde o som é originado, como são os bocais para saxofones, trompetes e trombones etc. No campo industrial, o bronze é utilizado na fabricação de molas de elevada resistência, braçadeiras, tampões, tubos flexíveis, anéis, argolas e varetas para soldagem, tendo numerosas aplicações na metalurgia. Alguns de seus principais produtos na área são: bobinas, fitas, buchas e tarugos grafitinados.
Texto produzido a partir de: Apostila Noções de Metalurgia, Prof° Carlos Jerônimo, curso técnico em Laboratorista industrial, 2008. Escrito em: 09/12/10, às 20:46
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