A escolha de uma carreira nem sempre é fácil, e na maioria das vezes é um caminho tortuoso principalmente para quem se encontra na “temida” fase dos vestibulares. Saber a respeito do curso e da área com a qual se identifica já é um começo. Este blog surge, assim, para que a comunidade se integre dos assuntos que permeiam esta grande área dos materiais, bem como para que quem já está nesta área possa se atualizar e, concomitantemente, ter fácil acesso a conteúdos relacionados a ela.

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Níquel

É obtido de sulfetos, normalmente misturados com sulfetos de ferro e cobre e de depósitos aluviais de silicatos e óxidos ou hidróxidos, sendo seu minério mais importante a pentlandita. Devido a se encontrar misturado com outros metais, a extração do níquel é difícil, e deve ser concentrado por flotação e por separação eletromagnética, para então passar pelos processos de refino, que envolve aquecimentos e resfriamentos controlados e processos mecânicos, que, ao final, será convertido em óxido de níquel. Este óxido pode ser utilizado diretamente pela indústria de aço para fabricação de aços-liga ou pode ser reduzido pelo carbono em fornos, de forma a se obter o metal níquel, o qual será posteriormente fundido em eletrodos.
Existe ainda um outro processo para obtenção de níquel com elevada pureza. Trata-se do processo Mond, patenteado por L. Mond e utilizado até a década e 1970, em que o óxido de níquel era aquecido na presença de gás de água (formado pelos gases hidrogênio e monóxido de carbono) e deste reação se obtinha o tetracarboníquel, um produto altamente inflamável, volátil e tóxico. Quando aquecido a 230°C, este gás de decompunha, obtendo-se assim monóxido de carbono e níquel.
A principal utilização do níquel é para a fabricação de ligas ferrosas, pois ele resiste a ataques químicos e aumente a resistência do aço. Existem ainda ligas de níquel, utilizadas para confecção de turbinas de motores a jato, devido a resistirem a elevadas tensões e que possuem cerca de 75% de níquel e com outros componentes como o cromo, o cobalto, o alumínio e o titânio, dentre diversas outras ligas em que o níquel está presente, e que são utilizadas para as mais diversas aplicações.
Além das ligas metálicas, o níquel também pode ser empregado em galvanoplastia, para aplicação em equipamentos que necessitem de alta resistência a álcalis, em baterias, como base para uma posterior cromação e ainda pode ser utilizados em muitos processos de redução, como na obtenção dos componentes para fabricação de peróxido de hidrogênio.

Texto produzido a partir de: Apostila Noções de Metalurgia, Prof° Carlos Jerônimo, curso técnico em Laboratorista industrial, 2008.

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