Por trás das tintas e vernizes existe grande avanço tecnológico e o desenvolvimento de diversas novas técnicas para fabricar seus diversos constituintes, que passaram a ser cada vez mais elaborados: no início, utilizavam-se apenas pigmentos naturais como o óxido de ferro, dispersos em resinas naturais como a cera de abelha. Porém, ao longo do tempo, as tintas e vernizes passaram a desempenhar diferentes papéis, e sua composição teve de acompanhar estas grandes mudanças: hoje, as tintas não são utilizadas apenas para fins decorativos, e sim para proteção de substratos, evitando, por exemplo, a corrosão de metais ou o apodrecimento do couro, madeira ou papel; para sinalização em pisos de fábricas, em ruas e avenidas, em hospitais e escolas; para isolamento de motores elétricos etc.
Os principais componentes dos vernizes são as resinas (polímeros de baixa massa molar, viscosos) e os solventes, que desempenham um importante papel nas fases de preparação, aplicação e secagem, mas que não fazem parte, na maioria das vezes, da película de tinta depois de seca. Nas tintas, além das resinas e dos solventes, há ainda os pigmentos, as cargas e os aditivos. Os pigmentos podem ser orgânicos ou não, e são utilizados na forma de pó para conferir opacidade à tinta e lhe conferir cor. As cargas são sólidos inorgânicos adicionados para facilitar a lixação da tinta de fundo (a tinta que fica diretamente em contato com o substrato), reduzir o brilho de um esmalte, regular a fluidez durante a aplicação ou reforçar o filme. O aditivos são matérias-primas adicionadas em pequenas porcentagens para as mais diversas finalidades.
Texto produzido a partir de: Apostila Petroquímica e Polímeros, Prof° Jesus, Curso Técnico em Laboratorista Industrial, 2009.
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